segunda-feira, 9 de março de 2015

Cultura da Catedral


Catedral de Santiago de Compostela


  • Construída entre os anos de 1075 e 1128, durante a Reconquista Cristã, na época das Cruzadas, está situada no centro histórico da cidade da província da Corunha, na Galiza.
  • É um milenar centro de peregrinação cristã da Europa.
  • Após a descoberta do que se consideravam os restos do apóstolo Santiago Maior, o rei Afonso II das Astúrias mandou edificar uma igreja dedicada ao culto do apóstolo. A construção iniciou-se em 1075 e em 1128 concluíram as obras do templo, deixando para trás meio século de trabalhos.
Consta de uma planta basilical de cruz latina. Na cabeceira situa-se a capela-mor, rodeada por uma charola pela que se acede a cinco capelas radiais menores. Esta estrutura segue os exemplos franceses dos templos de peregrinação, novas formas construtivas chegadas através do Caminho de Santiago.

 Interior da catedral 


trifório (galerias sobre as naves laterais) recebem luz diretamente do exterior, transformando-a numa luz filtrada, contribuindo para a mística do local.


  • O Panteão Real - É o lugar dentro da Catedral onde se soterravam reis e personagens do Reino da Galiza.
  • Capela-mor - As suas abóbadas e arcos conservam vestígios de cinco etapas pictóricas.

  • Sepulcro do apóstolo Tiago, na abside principal

Exterior da catedral

  • O Pórtico da Glória

  • A Fachada das Pratarias















Românico em Portugal - Rota

O estilo românico surgiu em Portugal no final do século XI, no âmbito de um fenómeno mais vasto de europeização da cultura, que trouxe para a Península Ibérica a reforma monástica clunicense e a liturgia romana. A chegada das ordens religiosas de Cluny, Cister, dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho e das Ordens Militares deve ser entendida no processo da Reconquista e da organização do território.


A conquista de Coimbra aos mouros, em 1064, por Fernando Magno de Leão, deu uma maior segurança às regiões do Norte. Esta época é marcada por um crescimento demográfico, por uma muito mais densa ocupação do território e por um habitat mais estruturado.

A expansão da arquitetura românica, em Portugal, coincide com o reinado de D. Afonso Henriques. Foi nesta época que se iniciaram as obras das Sés de Lisboa, de Coimbra e do Porto e que se construiu o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.



Sendo uma arquitetura predominantemente religiosa, o românico está muito relacionado com a organização eclesiástica diocesana e paroquial e com os mosteiros das várias ordens monásticas, fundados ou reconstruídos nos séculos XII e XIII. 


Em Portugal a arquitetura românica concentra-se, essencialmente, no Noroeste e no Centro, sendo coeva do período em que se estrutura o seu habitat, com as freguesias e toda uma organização religiosa e vicinal de aldeamentos. A expansão do estilo românico não corresponde propriamente à Reconquista, mas antes à reorganização do território. As dioceses dividem-se em paróquias que têm, no Entre-Douro-e-Minho, uma rede muito densa.