Catedral de Santiago de Compostela
- Construída entre os anos de 1075 e 1128, durante a Reconquista Cristã, na época das Cruzadas, está situada no centro histórico da cidade da província da Corunha, na Galiza.
- É um milenar centro de peregrinação cristã da Europa.
- Após a descoberta do que se consideravam os restos do apóstolo Santiago Maior, o rei Afonso II das Astúrias mandou edificar uma igreja dedicada ao culto do apóstolo. A construção iniciou-se em 1075 e em 1128 concluíram as obras do templo, deixando para trás meio século de trabalhos.
Interior da catedral
O trifório (galerias sobre as naves laterais) recebem luz diretamente do exterior, transformando-a numa luz filtrada, contribuindo para a mística do local.
- O Panteão Real - É o lugar dentro da Catedral onde se soterravam reis e personagens do Reino da Galiza.
- Capela-mor - As suas abóbadas e arcos conservam vestígios de cinco etapas pictóricas.
- Sepulcro do apóstolo Tiago, na abside principal
Exterior da catedral
- O Pórtico da Glória
- A Fachada das Pratarias
Românico em Portugal - Rota
O estilo românico surgiu em Portugal no final do século XI, no âmbito de um fenómeno mais vasto de europeização da cultura, que trouxe para a Península Ibérica a reforma monástica clunicense e a liturgia romana. A chegada das ordens religiosas de Cluny, Cister, dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho e das Ordens Militares deve ser entendida no processo da Reconquista e da organização do território.
A conquista de Coimbra aos mouros, em 1064, por Fernando Magno de Leão, deu uma maior segurança às regiões do Norte. Esta época é marcada por um crescimento demográfico, por uma muito mais densa ocupação do território e por um habitat mais estruturado.
A expansão da arquitetura românica, em Portugal, coincide com o reinado de D. Afonso Henriques. Foi nesta época que se iniciaram as obras das Sés de Lisboa, de Coimbra e do Porto e que se construiu o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
Sendo uma arquitetura predominantemente religiosa, o românico está muito relacionado com a organização eclesiástica diocesana e paroquial e com os mosteiros das várias ordens monásticas, fundados ou reconstruídos nos séculos XII e XIII.
Em Portugal a arquitetura românica concentra-se, essencialmente, no Noroeste e no Centro, sendo coeva do período em que se estrutura o seu habitat, com as freguesias e toda uma organização religiosa e vicinal de aldeamentos. A expansão do estilo românico não corresponde propriamente à Reconquista, mas antes à reorganização do território. As dioceses dividem-se em paróquias que têm, no Entre-Douro-e-Minho, uma rede muito densa.