segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Cultura do Senado

Aquedutos Romanos

Os Aquedutos Romanos  refletiam a filosofia romana de objetividade e praticidade. Roma nos deixou volumosas estruturas que tinham a função de conduzir a água pelas cidades. As fontes atestam que os romanos conheciam o sistema de transporte de água por canalização subterrânea e o de aquedutos em arcos suspensos que fora aprendido com os etruscos. A escolha por este modelo se deu pelo preço inferior das obras, já que os materiais necessários eram mais abundantes e baratos.
Para o funcionamento da estrutura, a água era sempre proveniente de locais mais elevados, o que impulsionava a distribuição pelo sistema. Era construída em formas de arcos capazes de aguentar o peso, os condutores eram feitos de tijolos e revestidos internamente por cimento, o que costumavam chamar de canalis. A água chegava nas proximidades das cidades e era despejada em reservatórios denominados castellum. Só então o líquido era conduzido por tubos de chumbo ou bronze para a residência dos mais ricos e para as termas. 
Os romanos necessitavam de muita água para suas atividades e também para o abastecimento domiciliar, das termas e chafarizes. Inicialmente, eles simplesmente captavam água dos mananciais mais próximos, entretanto, com o passar do tempo, eles ficavam poluídos em função do depósito de esgoto sem nenhum tratamento. Assim, abandonava-se o manancial em questão e buscava-se pelo seguinte. Logo, os aquedutos se tornaram fundamentais e essenciais para o cotidiano dos romanos.

Primeiro a ser construído entre todos os aquedutos. Aqua Appia, 
feito no ano 312 a.C. por Appius Claudius Caecus


O maior de todos os aquedutos foi o Aqua Marcia que possuía 91 Km de extensão




Banhos Romanos



Durante o império (27 a.C - 476 d.C), o banho público tornou-se parte do cotidiano do povo romano. Havendo banhos públicos em quase todas as províncias e na maioria das cidades, levando ricos e pobres, homens e mulheres a irem a tais locais não apenas para se lavar, mas para participar da vida social da cidade. 
Os banhos públicos tinham diversas finalidades, entre as quais a higiene corporal, a terapia pela água com propriedades medicinais e recreação.

Os romanos frequentavam diariamente o Thermae e permaneciam nas suas dependências por várias horas. Ricos romanos iam acompanhados por um ou mais escravos.

Os romanos absorveram muitas das práticas balneares gregas, e ultrapassaram os gregos no tamanho e na complexidade dos seus banhos. Como na Grécia, o Thermae romano se tornou um lugar focado para a atividade social e recreacional. 
Quando o Império Romano expandiu, a ideia do banho público se espalhou para todas as partes do mediterrâneo e em regiões da Europa e norte da África. Com a construção de aquedutos, os romanos tinham água suficiente não só para uso doméstico, agrícola e industrial, mas também para os seus propósitos de lazer.


Ilustração didática reconstituindo a Thermae romana: 

Os grandes Thermae romanos ofereciam, além do ritual do banho, outras atividades como alimentação, venda de perfumes, bibliotecas e salas de leitura, performances teatrais e musicais. 
Na Palaestra, havia um espaço para exercícios e competições desportivas (corridas, levantamentos de peso leve e lutas).

Ao tomar um banho romano, o banhista se expunha gradualmente ao aumento da temperatura. Para realizar este ritual, todos os Thermae romanos continham uma série de câmaras que ficavam progressivamente mais quentes.


 Um Thermae público era construído em torno de três salas principais: o Caldarium (banhos quentes), o Tepidarium (ambiente quente) e o Frigidarium (banhos frios).


Ilustração didática de um Thermae público na antiga Roma. Frequentar o Thermae, diariamente, fazia parte da vida social na antiga roma. Os banhos públicos eram lugares onde os romanos podiam praticar desporto, fazer a higiene pessoal, realizar negócios. Os banhos eram um lugar de socialização, de desenvolvimento e de atividades para mulheres e homens que iam tomar banhos de imersão e conversar. Como hoje em dia, em um clube.


Ruínas das Termas públicas romanas em Bath, Inglaterra. A ruptura do telhado original, causou a proliferação de algas. A estrutura de colunas acima do nível das bases é uma reconstrução posterior.



Gladiadores


Gladiador era um lutador escravo treinado na Roma Antiga. O nome "Gladiador" provém da espada curta usada por este lutador, gladius (gládio). Eles se enfrentavam para entreter o público, e o duelo só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. 
Nesse momento do combate é que era determinado por quem presidia aos jogos, se o derrotado morria ou não, frequentemente influenciado pela reação dos espectadores do duelo.

Entretanto alguns estudos relatam que nem sempre o objectivo era a morte de um dos gladiadores, haja vista, que isso geraria ónus para o estado romano. Argumenta-se que o principal objetivo era o entretenimento da plateia. Faziam parte da política do "pão e circo".


Pouco comum era que um romano de alta posição social, mas arruinado, se relacionasse como gladiador a fim de garantir a própria defesa, ainda que de maneira arriscada. Ser proprietário de gladiadores e alugá-los era uma atividade comercial perfeitamente legal.

História


As primeiras lutas conhecidas aconteceram em Roma em 286 a.C. no começo da Primeira Guerra Púnica. Porém o desporto teve início com os Etruscos.

O Coliseu, era o principal palco dessas lutas, em Roma, e suas ruínas ainda se constituem numa atração turística da cidade.

No ano de 73 a. C. aconteceu a terceira guerra contra escravos, que teve início com um gladiador, de nome Espártacos. Este liderou um grupo rebelde de gladiadores e escravos, que assustou então República Romana. A revolta terminou dois anos depois graças a Marcus Crassos. Depois os lutadores eram vistos com medo nas épocas de crise.

Para as lutas eram reunidos prisioneiros de guerra, escravos e ainda autores de crimes graves - mas na época dos imperadores Cláudio I, Calígula e Nero a condenação à arena foi estendida às menores culpas, o que aumentou o interesse pelas lutas. Dois imperadores participaram de lutas, obviamente vencendo, foram eles Calígula e Cómodo.


Com o advento do Cristianismo as lutas foram banidas no reinado de Constantino I no ano 325. Mas embora tenham decaído, os espetáculos de gladiadores sobreviveram por mais de um século após a proibição.

Vida como Gladiador



Treinamento
Os gladiadores tinham treinamento em escolas especiais conhecidas como ludus. Em Roma havia quatro escolas, sendo a maior Ludus Magnos que era conectada com o coliseu por um túnel subterrâneo. 
No intervalo das lutas eles tinham um tratamento especial que envolvia grandes cuidados médicos e treinamento cuidadoso. No geral, eles não lutavam mais que três vezes ao ano. Viajavam em grupos conhecidos como famílias quando iam lutar em outras cidades. O treinador, conhecido como lanista ia com seus alunos.

Alimentação
Os gladiadores eram, em grande parte, vegetarianos. Se alimentavam basicamente de feijões e cevada. O motivo é o fato de que a carne era um alimento caro, e eles eram escravos.

Curiosidades
Eram comuns nas lutas as participações de anões, sendo que eles lutavam tanto entre si como também em equipas contra gladiadores normais.


Havia também gladiadoras mulheres, que lutavam com um seio exposto, pois usavam as mesmas vestimenta dos gladiadores homens. O imperador Domiciano gostava de ver lutas entre anões e mulheres.

Tipos de lutadores


Trácios: eram os mais fracos, como proteção usavam um capacete que cobria toda cabeça e um escudo quadrado, além de caneleiras. Atacavam com espadas curvas, as sicas.
Mirmilões: eram os oponentes dos trácios e retiários. Usavam um grande escudo numa mão e na outra uma espada curta. O capacete se assemelhava a um peixe.
Retiários: empunhavam um tridente e eram os mais desprotegidos. Carregavam também uma rede e uma faca curta. Eram os únicos aos quais era permitido recuar em combate.
Secutores: Se assemelhavam muito com os mirmilões entretanto seu capacete era arredondado para não prender na rede dos Retiários que eram seus oponentes.

Dimachaeri: Não se sabe muito sobre ele, mas como usava duas espadas, sabe-se que era um dos mais bem treinados.




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